Homenagem em memória de José Reis da Silva
Perder alguém especial é precisar se despedir de uma parte de nós, é ter que lidar com a saudade e as lembranças que ficam e é justamente dessas lembranças que a família enlutada segue a vida.
Hoje, 14 de maio de 2021 faz exatos 30 anos que o Investigador de Polícia e sócio da Apocepi, José Reis da Silva, faleceu. Uma morte prematura, deixando a esposa e dois filhos ainda pequenos. Como forma de fazer uma homenagem em sua memória, vamos contar um pouco da história de vida desse Policial e pai de família dedicado.
José Reis da Silva, nasceu em 17 de outubro de 1945, em Teresina, era o filho mais velho de Domingos Reis da Silva e Albertina Alves de Oliveira. Estudou na Escola Gabriel Ferreira e começou a trabalhar na prefeitura ainda jovem.
Ele conheceu a futura esposa no antigo prédio do INAMPS, Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, localizado na praça João Luís Ferreira, no centro da cidade. “Eu lembro como se fosse hoje, foi no dia 12 de junho de 1973. Eu estava na fila do INAMPS, iria fazer um exame de sangue, quando percebi um moço alto bem atrás de mim, ele começou a me encarar e eu fiquei com vergonha e mudei de lugar, mas ele deu um jeito de se aproximar novamente. Eu entrei e fiz meu exame e saí, não demorou muito e ele me alcançou no caminho e puxou conversa, e assim, depois de três meses, nos casamos”, conta a viúva, Maria do Rosário e Silva, 69 anos.
José Reis e Maria do Rosário se uniram em matrimônio no dia 1º de setembro de 1973, dessa união nasceram dois filhos, Luís Daniel e Thiago Henrique.
Em 12 de setembro de 1977 foi contratado temporariamente como agente de polícia e em 28 de março de 1978 passou a exercer o cargo de Agente de Polícia em caráter efetivo.
“Ele sempre gostou, era algo que ele queria muito. Mesmo quando trabalhava como datilógrafo ele já era informante no 3º Distrito”, lembra a viúva.
Em 14 de maio de 1986 José Reis recebeu a promoção de merecimento para o cargo de Investigador de Polícia.
Nos anos de 1987 e de 1988 ganhou o título o melhor Investigador de Polícia do Piauí. “Ele tinha muito orgulho da profissão, mesmo não tendo o reconhecimento financeiro, pois na época o salário de um policial pouco dava para manter o básico para uma família. Ele participava das investigações em outras cidades, de viagens perigosas para outros estados, ele ia com vontade. Sempre foi uma pessoa destemida. Esses dois títulos o deixaram muito orgulhoso, na verdade era motivo de orgulho para toda a família”, recorda Maria do Rosário.
Em 19 de setembro de 1990, José Reis recebeu a portaria de chefe de investigação do 1º Distrito Policial.
Durante os 14 anos em que exerceu a profissão, José Reis ficou conhecido por ser um excelente profissional e também por estar sempre ajudando um companheiro de trabalho. “Muitas vezes ele ajudou amigos do trabalho que estavam com dificuldades, sempre foi um homem que se importava com os amigos, com a família”, relembra a viúva.
José Reis trabalhou no DOPS, 4º DP, 3º DP, 6º DP, 8º DP, 1º DP e Polinter. Faleceu em 14 de maio de 1991, vítima de cirrose hepática aos 46 anos de idade, apesar de ter se passado três décadas, a esposa diz que a dor da perda ainda existe. “Ele se foi muito cedo, na época eu fiquei sem chão, era dona de casa, com dois filhos para criar, mas Deus sempre dá força. Eu lembro que nessa época os policiais tinham conquistado um salário melhor, infelizmente ele só pode desfrutar de um pagamento, o do mês de abril de 1991, que recebeu em 9 de maio. Dias depois ele partiu, até hoje ainda sinto a falta dele”, destaca Maria do Rosário.
Para o filho mais velho, Luís Daniel Reis, ficam as lembranças da infância e a histórias do pai contada pela mãe, tios e amigos. “Eu era muito pequeno, tinha 11 anos na época, lembro que ele gostava muito de viajar, de ir para o interior, sempre que podia nós íamos ao clube, ele era muito ativo, ao lado dele sempre tinha muitas alegrias. Infelizmente o perdemos, a vida é um sopro e ele se foi, muito novo, muito cedo, deixando muitas saudades, mas deixando também muito amor e bons exemplos”, finaliza Daniel.